Estamos no tópico mais provocador de tudo que existe pela criação humana, pois significa um conjunto de conhecimentos e metodologias pré-definidos por um passado nem sempre vivenciando o presente e raramente comprometido com o futuro. O que queremos com a EDUCAÇÃO?
Para compreender onde chegamos no contexto do processo de educação formal atual é importante iniciar uma análise histórica onde por volta de 4000 a.C., os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme. O filósofo grego Platão foi precursor de uma espécie de escola. Já o Rei Alexandre teve a oportunidade de ter Aristóteles como seu preceptor, professores pagos por famílias ricas para orientar filhos através do conhecimento científico, por volta de 343 a.C.. Ainda antes do início da era cristã, Séc. 4 a.C. surgem as primeiras "escolas".
Vale ressaltar com qualquer processo de educação vai sempre além de uma estrutura física e/ou burocrática, pois o ser humano provém de um raciocínio que é estimulado pelo meio externo e armazenado por seu equilíbrio mental, consequência da salubridade de toda forma de interação. Sugere-se que a base mental esteja nutrida constantemente pela tríade do amor, ciência e fé, valores que ao longo da história foram consolidados por sociedades exemplares que evidenciam até o presente a importante existência da era cristã.
Em 859 surge a primeira ideia de estrutura de ensino superior, Universidade de Karueein em Fez, no Marrocos. No Séc. 12 surgem na Europa as primeiras escolas nos moldes das atuais. Em 1158 Universidade de Bolonha, na Itália, primeira da Europa. O Brasil fundou a primeira escola em Salvador no ano de 1549 e depois em São Paulo, em 1792 foi criada a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, que se tornaria a Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Em 1808 surgiu a Faculdade de Medicina da Bahia, em 1827 surgiu no Brasil as duas primeiras faculdades de direito e em 1912 foi fundada a primeira Universidade Federal do Brasil, UFPR.
Diversos movimentos ocorreram evidenciando as melhores estruturas como relatado pela OCDE em 2019 com a Finlândia em destaque nos indicadores de educação acompanhado por países que mantém notoriamente princípios semelhantes. A Islândia passa a ser um país bastante promissor assim como a Nova Zelândia.
Entretanto as ferramentas digitais passam a ser protagonistas em todo cenário mundial impactando diretamente nos processos de formação e qualificação. Gonzales (2005) faz uma rápida análise da oficialização da EaD no Brasil por meio da LDB: A Educação à Distância (EaD) foi oficializada no Brasil em 1996 pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB (lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996), pelo decreto nº 2494, de 10 de fevereiro de 1998 (publicado no Diário Oficial da União - DOU - de 11/02/1998), decreto nº 2561, de 27 de abril de 1998 (publicado no DOU de 28/04/1998) e pela portaria ministerial nº 301, de 7 de abril de 1998 (publicado no DOU de 09/04/1998).
Portanto fica a provocação da trilha histórica da educação onde o tempo mantém sua característica escalar e a fisiologia da estrutura humana alerta para o remanso do olhar sobre a educação, pois impacta na qualidade de vida em diversas gerações.